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Impacto da Osteoporose em Implantes Dentários: Uma Revisão Sistemática

Atualizado: 1 de mar. de 2022

O estudo publicado na World Journal of Orthopedics teve o objetivo de avaliar a falha e a taxa de contato osso-implante de implantes dentários colocados em indivíduos osteoporóticos. Para tal, o exame combinou as seguintes palavras MeSH: "osteoporose" ou "osteopenia" ou "deficiência de estrogênio" AND "implante" ou "implante dentário" ou "osseointegração".


Com informações que vieram do banco de dados MEDLINE (via PubMed) e EMBASE, os nove pesquisadores envolvidos examinaram os números até maio de 2014, gerando estudos em inglês. Para a revisão foram avaliados indivíduos com osteoporose, com diagnóstico de osteopenia e saudáveis.


Vale lembrar que a osteoporose é uma doença esquelética generalizada na qual se observa a diminuição da massa óssea e a degradação da microarquitetura do tecido ósseo causada pelo aumento dos espaços da medula. Essa condição resulta numa fragilização do tecido ósseo e, subsequentemente, num maior risco de fraturas.


A deficiência de estrogênio pós-menopausa é a principal etiologia conhecida, pois o estrogênio regula a remodelação óssea e a interrupção da produção de estrogênio induz um desequilíbrio da remodelação óssea com reabsorção óssea exceder a formação óssea, levando à fragilidade óssea e aumentando o risco de fratura.


E os resultados?


Após a instalação de 367 implantes em indivíduos com osteoporose, 205 naqueles com diagnóstico de osteopenia e 2981 em pessoas saudáveis, observou-se uma taxa de falha de 10,9%, 8,29% e 11,43%, respectivamente. Já o contato osso-implante obtido a partir de implantes recuperados variou entre 49,96% a 47,84% para os não osteoporóticos e aqueles diagnosticados com a doença.


A prerrogativa de que a colocação de implantes dentários possa ser contra-indicada em indivíduos com osteoporose ou osteopenia baseia-se no pressuposto de que essas patologias podem afetar as mandíbulas humanas da mesma maneira que afeta outras partes do esqueleto.

Concluindo


Por mais que os indivíduos osteoporóticos tenham tido as maiores taxas de perda de implantes, não existem estudos conclusivos que demonstrem que essas condições de fragilidade óssea aumentem os resultados de falha dos implantes dentários, nem a prevalência da peri-implantite. Portanto, as evidências para fortalecer ou refutar a hipótese de que a osteoporose possa ter efeitos prejudiciais na cicatrização óssea ainda não são suficientes.



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